A origem da expressão Corredor Polonês

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Você sabe qual a origem da expressão “Corredor Polonês”?

Você sabia que a menção aos poloneses nesse castigo físico só existe em nosso idioma?

Todos aprendemos na escola ― às vezes, da pior maneira ― que “corredor polonês” é o nome dado a um castigo em que um indivíduo é forçado a passar por duas fileiras de pessoas que o agridem fisicamente.

Todavia, embora essa prática violenta seja conhecida em todo o mundo, a menção aos poloneses só existe em nosso idioma!

O QUE ELES DIZEM

Em inglês o castigo é chamado “running the gauntlet” (“correndo a manopla”), e tem origem no termo sueco “gatlopp” (literalmente, “pista de corrida”, mas substituído em inglês por “gauntlet”, devido à semelhança fonética, já que as pesadas luvas de ferro não eram realmente usadas no suplício).

O espanhol (“pena de baquetas”) e o francês (“châtiment des baguettes”) fazem referência às baquetas usadas pelos percussionistas das bandas marciais, usadas para aplicar bastonadas aos infelizes submetidos à punição.

Na mesma pegada, e ainda mais diretos, os alemães dizem “Spieβrutenlaufen” (“corrida sob varas pontiagudas”) e os chineses usam a expressão “夹道鞭打” (jiādào biānda) que significa, literalmente, “corredor de chicotadas”. 

Em italiano se diz “passare sotto le Forche Caudine”, em lembrança à humilhante rendição dos exércitos romanos na Batalha de Forcas Caudinas, um estreito passo de montanha na região da Campânia, em 321. a.C. Curiosamente, não houve mortos ou feridos nesse evento.

Por sua vez, os poloneses conhecem esse suplício como “Praszczęta” e atribuem sua origem a uma punição militar aplicada, até o século XIX, pelo exército… russo!

Por que então a língua portuguesa faz referência à Polônia?

 

Corredor polonês 1

Corredor polonês “raiz”, sem qualquer polonês participando. Manopla medieval e manopla de Thanos: nada a ver. Italianos se lembram de uma derrota antiga, na qual ninguém se machucou.

POR QUE NÓS DIZEMOS

A contrário do que alguns pensam, o corredor polonês não é o indivíduo que corre desesperado tentando se esquivar dos golpes infligidos. Tampouco são poloneses os algozes enfileirados. Essa expressão tem origem em uma estreita faixa de terra disputada por alemães e poloneses entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra.

Ao final da Primeira Grande Guerra, as nações vencedoras se reuniram em Versailles para decidir as penalidades que deveriam ser cobradas à derrotada Alemanha. Entre elas, incluíram a cessão de parte do território alemão à Polônia, para que essa nação tivesse uma saída para o mar.

Corredor polonês 2

O Corredor Polonês foi criado ao fim da Primeira Grande Guerra para que a Polônia tivesse uma saída para o mar. Longo e estreito, durou 20 anos e, depois de ser militarmente invadido e ocupado pelas forças nazistas, foi devolvido e definitivamente incorporado à Polônia, assim como os territórios vizinhos, em 1945.

 

Essa região, uma área longa e estreita que cortava em duas partes o território alemão, passou a ser chamado “Corredor Polonês”. Vigorou de 1919 a 1939, quando o exército nazista o atacou por ambos os flancos, na invasão à Polônia que marcou o início da Segunda Grande Guerra.

Ao fim da guerra, em 1945, não apenas o Corredor Polonês, mas também as áreas subjacentes, foram entregues à Polônia, permanecendo assim até hoje. Porém, a memória do rápido e violento ataque alemão que encurralou as forças polonesas presas no “corredor” é lembrado até hoje nos países de fala portuguesa quando alguém é instado a passar, por punição ou trote, por entre duas filas de companheiros impiedosos.