Escritório Virtual – Boletim Abril 2021

Pensando fora da caixa (II)

 


Frase do mes

Fique em casa                Quédate en casa            Stay home

Restez chez vous          Stare a casa                     呆在家里

                          家にいる                     Остаться дома


 

Neste informativo, continuaremos a falar sobre o tema da criatividade, trazido aqui em nossa edição de Março.

Antes de começar, vamos à solução do “problema dos 9 pontos e 4 retas”, que apresentamos no mês passado. A maior parte das pessoas falha em encontrar a solução por se deixar “bloquear” pela caixa imaginária formada pelos pontos. Nessa caso, é impossível ligar todos os pontos com menos de 5 retas.

9 pontos alternativas

Assim como a “caixa” é um modelo mental que nos impede de achar uma solução (que só é possível quando o lápis ultrapassa esse limite fictício), na vida real somos muitas vezes frustrados de encontrar respostas novas e criativas aos nossos problemas por ficarmos limitados a paradigmas que só existem em nossas mentes. O segredo é apagar essas falsas fronteiras. (Veja no final do texto uma solução!)

Também prometemos, em nosso último informativo, propor um método que nos ajude a evitar esses “limites imaginários” e libertar nosso pensamento para “fora da caixa”. Afinal, apagar a falsa fronteira não é tão simples e mesmo visualizá-la pode ser um desafio, tão arraigados estamos em nossos (pré)conceitos.

Para isso, vamos falar sobre a experiência do cientista de computação Max Hawkins. Usando seu conhecimento profissional como criador de sistemas de auxílio à tomada de decisão, Max decidiu programar um algoritmo que lhe propusesse, todo dia, uma rotina absolutamente fortuita. Sua experiência foi contada em um podcast intitulado “I let algorithms randomize my life for two years” (“Deixei que algoritmos tornassem minha vida aleatória por dois anos”).

Max tirou dois anos sabáticos e, durante esse tempo, deixou de lado qualquer rotina para seguir diligentemente a agenda que o algoritmo lhe sugeria. No início, o sistema foi programado para chamar um Uber com um destino qualquer, aleatório e desconhecido. Max passou, assim, alguns meses visitando lugares que nunca imaginara existirem. (Vale notar: Max mora em San Francisco, uma cidade sem os problemas de segurança encontrados em outros locais…).

Logo ele ampliou seu experimento. O programa passou a sugerir destinos em qualquer parte do mundo. Uma vez lá, Max recebia sugestões arbitrárias sobre onde ir, o que fazer e, até, o que comer. Ao entregar sua rotina ao computador, Max passou a sentir-se mais livre do que nunca. Ele logo percebeu como seguir apenas suas próprias preferências pode tornar alguém cego às complexidades e belezas que existem no mundo, privando-o de coisas que, por medo ou preconceito, jamais experimentaria.

Evidentemente, não estamos sugerindo que nossos clientes repitam o que Max fez. Além de não sermos programadores de sistemas decisórios, poucos de nós poderiam passar anos apenas viajando sem destino. Aliás, nesses tempo pandêmicos, viajar sequer é uma opção.

A mensagem aqui é esta: mudanças na rotina, mesmo pequenas, podem ajudar a expandir nosso mundo. Experimentar uma comida pela primeira vez, ler um livro de um autor desconhecido, conversar com desconhecidos… Pequenas ações que podem nos trazer grandes recompensas e nos ajudar a quebrar as paredes de nossas caixas mentais, libertando nosso pensamento para voar mais longe. Fica a sugestão.

 


 

 

9 pontos solução