Escritório Virtual – Boletim Março 2021

Pensando fora da caixa (I)

 


Frase do mes

Fique em casa                Quédate en casa            Stay home

Restez chez vous          Stare a casa                     呆在家里

                          家にいる                     Остаться дома


 

Um dos mais fascinantes aspectos da mente humana é a criatividade. Na escola aprendemos ciências exatas, humanas e biomédicas (e a invejar a inteligência de quem facilmente domina tais conhecimentos). Mas não aprendemos a ser criativos. Tampouco damos crédito aos colegas que, em lugar de simplesmente estudar os métodos e respostas ensinados pelos professores, propõem novos problemas e soluções diversas das mostradas nos livros.

Pois quando chegamos à vida adulta nos damos conta que, frequentemente, são os criativos, mais do que os “apenas” inteligentes, que conseguem sucesso. São artistas, cientistas, esportistas e capitalistas que se tornam referência por inovar, surpreender, “fazer o que ninguém faz” e “pensar fora da caixa”.

Aliás, a expressão “fora da caixa”, popularizada a partir do século XX, tem uma boa metáfora visual no “Problema dos 9 pontos”, difundido nos cursos de Qualidade Total dos anos 1970-80. O problema é mostrado na quadro abaixo e sua solução, apresentaremos no próximo informativo.

9 pontos e 4 retas - problema

A capacidade de pensar fora da caixa (chamada corriqueiramente criatividade), fundamental para a inovação, foi, paradoxalmente, malvista durante a maior parte da história humana. As antigas civilizações possuíam costumes e dogmas, muitas vezes registrados em leis e rituais, que não deviam ser questionados. Mesmo os gregos, que nos deram a filosofia e fizeram do debate e do contraditório quase modo de vida, criaram mitos como o de Pandora, uma censura à curiosidade.

A Idade Média na Europa foi outro período de perseguição a ideias originais. De anônimos acusados de bruxaria até cientistas famosos como Galileu (que ousou defender que a Terra girava em torno do Sol), milhares foram punidos pelo tribunal conhecido como Santa Inquisição, por divergirem do cânone religioso e da ciência oficialmente aceita.

A partir do século XVIII, ideias novas e disruptivas passam a ser louvadas e tidas como motor essencial para o progresso. Atualmente nomes como Darwin, Thomas Edison e Steve Jobs são apresentados aos jovens como exemplos a serem emulados. A moderna pedagogia propõe incentivar a criatividade na escola, em vez de premiar a mera repetição de exercícios e memorização de soluções.

Mas como aprender a “pensar fora da caixa”? Nosso próximo informativo irá propor uma maneira. Até lá!


 

Pandora

 A CAIXA DE PANDORA

 Pandora casou-se com Epimeteu e trouxe, como presente de núpcias, uma caixa que lhe fora dada por seu pai, ninguém menos do que Zeus, o maior dos deuses.

Temeroso do conteúdo, Epimeteu pediu que sua esposa não abrisse a caixa. A curiosidade de Pandora era, contudo, maior que sua prudência. A caixa continha os males do mundo e, ao ser aberta, permitiu que eles escapassem para atormentar a humanidade. Vendo seu erro, Pandora fechou  rapidamente a caixa, mantendo preso o último dom: a esperança.