Escritório Virtual – Boletim Março 2023

Inteligência virtual, mundo real (I)


 Arte digital

The Innovator

(O Inovador)

Xtender (ART AI)
Arte digital criada por inteligência artificial


 

Em meio a tantos acontecimentos impactantes nos últimos meses, um tem atraído a curiosidade mundial e se mantido como tópico de discussão na mídia: o ChatGPT, um sistema inteligente preparado para “conversar” sobre qualquer assunto, como se fosse humano. Diferentemente dos maçantes e nada brilhantes chatbots que inundam os SACs (Serviço de Atendimento ao Cliente), o ChatGPT surpreende pela fluência, interatividade, “inteligência” e versatilidade: mesmo sendo ainda um “estudante”, o ChatGPT já dá dicas de economia, escreve redações para o vestibular, discute futebol e até compõe música!

Talvez você se surpreenda em saber, mas o ChatGPT é apenas o neto prodígio de uma extensa família, iniciada em 1964 por ELIZA, o primeiro programa de computador da história para processamento de linguagem natural. Comparado a sua quase sexagenária avó ¾ criada como uma esforçada, mas algo limitada, psicoterapeuta ¾ o ChatGPT fascina pela capacidade de exibir um comportamento indistinguível de um humano inteligente, passando com louvor no Teste de Turing.

E é exatamente por essa capacidade que o ChatGPT agitou uma polêmica que dura algumas décadas, mas que esteve fora da grande mídia desde que o supercomputador Deep Blue derrotou o campeão de xadrez Garry Kasparov em 1997: a inteligência artificial poderá substituir o ser humano?

A grande limitação à IA sempre foi a capacidade e velocidade de processamento de dados. Com o avanço dos microprocessadores e da computação em nuvem, a IA experimentou um grande salto na última década. Sistemas que criam quadros (como o Xtender, da empresa ART AI, que ilustra nossa Imagem do Mês), compõem música e conversam sobre assuntos gerais estão se tornando comuns e desafiam os futurólogos a prever se isso será bom ou ruim para a sociedade.

Tentar adivinhar que empregos serão criados e quais serão destruídos parece tarefa vã. Desde a Revolução Industrial vimos convivendo com as marés tecnológicas que vão mudando o mundo em que habitamos. Assim, em lugar de arguir contra o inevitável, melhor conhecer as ondas que começam a chegar às nossas margens. Por isso, decidimos conversar com o ChatGPT sobre o assunto recorrente em nossos informativos: os escritórios virtuais.

Nossa primeira conversa (em inglês e, para comparação, em português ¾ situação em que o programa se mostrou mais lento) foi bem genérica: queríamos apenas saber se ele conhecia o conceito de escritório virtual e suas principais vantagens. O ChatGPT se mostrou bem informado.

No próximo mês mostraremos o resultado desse diálogo.